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Vamos conhecer os 33 Caminhos da Árvore da Vida. Parte 2


Para conhecer esse tema vamos entender as “Tradições Ocidentais”, dentre elas a Kabala ou a Árvore da Vida, que de inicia a sua organização dos “Mistérios” vendo o "Universo" além do material, também refletindo o aspecto quaternário da "Manifestação". Também, equilibra cada um destes aspectos ou planos com seu complementar, fazendo com que a matéria (Assiah), representada pelo elemento Terra e de natureza feminina seja equilibrada pela mente (Atziluth), representada pelo elemento Ar e de natureza masculina. Assim, o faz equilibrando as emoções (Briah) representadas pelo elemento água e de natureza feminina, com as ações (Yetzirah) representadas pelo elemento fogo e de natureza masculina. Antes da primeira manifestação desta realidade, contudo, havia apenas a luz ilimitada ou melhor a mente do "Nada ou Negatividade, inconcebida e imanifestada".

A tradição da Kabalá ou Kabala relaciona esta “existência negativa” ao plano imanifesto de AIN (‘Nada’, ‘Negatividade’). O imanifestado não percebe limites, (ainda não existia o tempo) nominando a “existência negativa ilimitada” do plano AIN SOF (‘Nada Ilimitado’). Ainda o “imanifestado” (mente do todo) mostra que a “ILIMITADA Existência Negativa assemelha-se a LUZ,” que está no terceiro plano, “AIN SOF AUR”. Ao criar este universo, o "Criador" manifestou-a em uma realidade “DUAL” ou melhor, representada por dois pares que se complementam com elementos ou planos: Fogo-Atziluth complementa Água-Briah; Ar-Yetzirah complementa Terra-Assiah. É muito importante o aspecto quaternário da “Manifestação”, para o entendimento deste estudo que é riquíssimo e imensa, pois a Kabala está presente simbolicamente em templos, na arquitetura, livros, filmes, etc, com esse manancial da "Tradição Mística Ocidental", simbolizando a "Manifestação Universal (Macrocosmo) e da Manifestação Humana (Microcosmo)". Desta forma é possível entender que o Templo não é Um e sim Quatro, existindo Um em cada Plano.

Os antigos Iniciados como forma representativa, traduziram este aspecto quaternário no simbolismo dos 4 elementos:


No Templo de Salomão, como exemplo, em cada um dos 4 Planos mostra o “Caminho da Manifestação”, a “Descida da Espada Flamejante”, que passa por cada faixa de frequência ou esfera (sephira), em um total de 10, sendo o conjunto das esferas (no plural - Sephirot) e os caminhos que às unem chamados A Árvore da Vida.

Aqui o objetivo, não é o estudo do ponto de vista salomônico sobre o simbolismo presente no Templo, e sim como este se assemelha com a "Tradição Mística pela Árvore da Vida". O pilar mestre destas relações está no estudo da "Manifestação nos 4 Planos Kabalistas", cada qual mostrando a densificação do simbolismo quaternário em 10 etapas, faixas de frequência ou esferas (Sephirot) e terminando pelo estudo dos próximos 22 Caminhos da Árvore (os 22 arcanos maiores do tarot), que interligam estas Sephirot. Além dos trabalhos no Templo de Salomão, outra fonte da "Tradição Mística Ocidental" que guarda o mesmo simbolismo da Arvore é o "TAROT". Usado desde a idade média como oráculo, preserva a tradição por séculos desde a idade das trevas (século IV à XV). Ambos os sistemas fundam-se no mesmo princípio, a Kabala Caldéia e a Kabala Judaica, existindo as relações: dos 22 Caminhos da Árvore da Vida com os Arcanos Maiores do Tarot; dos elementos ou 4 planos com os 4 naipes; das 10 Sephirot com os Arcanos Menores de Às a 10; das 16 cartas da Corte com a Fórmula do Nome Sagrado nos Planos.


As 10 Sephirot, mostram ainda duas outras formas de disposição: ela é composta em colunas (colunas B, M, e J); e em triângulos ou tríades ( A. B. C. ). A distribuição em colunas mostra no centro, ou como Pilar de Sustentação da Árvore da Vida o Caminho do Meio (M) ou da Compaixão ou Suavidade.

Neles está, na ordem da Descida da Espada, as Esferas 1 (Kether) , 6 (Tiphareth), 9 (Yesod) e 10 (Malkuth). À direita do "Pilar do Meio", está o Pilar Jachin, o da Força, de aspecto masculino ou positivo, que na ordem da descida compreende as Esferas 2 (Chokmah), 4 (Chesed) e 7 (Netzach). Finalmente, postando-se à Esquerda do Pilar do Meio, está o Pilar Boaz, que é da Severidade, de aspecto feminino ou negativo, que na forma da descida compreende as Esferas 3 (Binah), 5 (Geburah) e 8 (Hod). As Tríades ou Triângulos enquanto possuem outros significados místicos, tem grande importância, no fato de que cada "Tríade" estão em um mesmo nível, separado do outro por um Véu. A Tríade divina ou Suprema, Kether-Chokmah-Binah, encontra-se separada pelo Véu de Daath, Tríade da moral ou ética, Chesed-Geburah-Tiphareth, que por fim está separada pelo véu de Parroketh da Tríade Astral , Netzach-Hod-Yesod. Apesar de ser um sistema caldeu-judaico, a Árvore da Vida organiza em si, outros sistemas filosóficos-religiosos (como veremos mais adiante), com igual precisão, mostrando a posição de cada arquétipo, relacionando os “Místérios da Tradição” por sua correspondência, revelando os 10 Caminhos Iniciais das 10 SephIrot, de Kether a Malkuth e os 22 Caminhos dos Arcanos Maiores que ligam estas Sephirot. O 33º caminho está relacionado com Daath, ou o Túnel para os Mares do Abismo, que liga a Árvore da Vida à sua contra parte ou seu oposto, porquanto que a Manifestação é Dual, Luz ou Escuridão ou em latim: Lux et Tenebris.






Seguiremos nessa jornada na parte 3......

Muito Obrigada.

RoCarvalho.

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